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Animus: Parte II | O início da caminhada de Ezio, o mais querido dos assassinos
Assassin’s Creed II, o jogo mais lembrado da franquia, tem a frente Ezio, o jovem protagonista italiano que busca vingança para sua família.
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Por:
Thiago FontelesLançado em 17 de novembro de 2009 pela Ubisoft para Xbox 360, Playstation 3 e PC, Assassin’s Creed II retoma a história de Desmond Milles que, no jogo anterior, descobre ser descendente de um dos maiores membros do Credo dos Assassinos. O jogo retorna com os mesmos mecanismos, porém mais refinado e com acréscimos que melhoraram, ainda mais, a experiência do gameplay e com um protagonista que viraria a se tornar referência para os jogos posteriores: Ezio Auditore.
++Leia os artigos anteriores da série Animus:
– Animus: Parte I | A Jornada de Altaïr
A História
O jogo inicia imediatamente após o término do anterior, onde vemos Desmond em companhia de Lucy fugindo do laboratório da Abstergo em direção a um esconderijo dos assassinos contemporâneos. Aos poucos Desmond vai tomando conhecimento da história dos assassinos que, mesmo com poucos recursos, continuam a combater os templários, porém sem grandes resultados.
Ao chegar no esconderijo, Lucy apresenta sua equipe a Desmond: Rebecca Crane e Shaun Hastings, que trabalham no desenvolvimento de um dispositivo inspirado no Animus original da Abstergo, batizado de Animus 2.0.
Ao conectar-se ao dispositivo, Desmond, dessa vez, não volta à época das cruzadas, assim não retornando às memórias de Altaïr. Desta vez ele vai para a época renascentista e está na pele de um novo personagem, Ezio Auditore da Firenze, um jovem de família rica que mora na Itália, mais precisamente na cidade de Florença, onde o garoto vive os prazeres que uma vida abastada pode proporcionar.
Conhecemos, então, sua família: o pai Giovani Auditore, um banqueiro conhecido por todos e membro secreto do clã dos assassinos, sua mãe, Maria Auditore, os irmãos Federico, Petruccio e Claudia. Logo no início da aventura Ezio ajuda sua mãe a chegar a casa de um artesão, que é ninguém menos que Leonardo da Vinci, que terá papel fundamental na aventura de Ezio posteriormente.
Giovani, seu pai, solicita que Ezio o ajude em uma missão, que consiste em entregar mensagens a seus contatos, porém, após a entrega de duas mensagens, Ezio nota que os guardas marcham pela cidade. Ao retornar a sua casa encontra tudo saqueado e revirado. Seu pai e seus irmãos não estavam no local, mas sua irmã e sua mãe estavam escondidas, por saber que os outros haviam sido levados pelos guardas. Ezio então escala o Palazzo della Signoria, onde seus familiares estavam presos, e consegue falar com seu pai através de uma janela.
Giovani diz ao filho que ele deve entrar em seu escritório e procurar um baú, que está escondido no local, retirar todo o seu conteúdo e entregar a carta que está selada a um amigo próximo da família, Uberto Alberti, o Gonfaloniere da cidade, uma espécie de alto magistrado.
Ezio faz o que seu pai manda e vai ao seu escritório, a procura do baú. Lá, também encontra as vestes de assassino de seu pai e uma arma com uma lâmina oculta em um bracelete, contudo o dispositivo estava quebrado. Ele entrega a carta para Uberto e seu conteúdo revela uma investigação de conspiração contra a cidade de Florença. Após ler o conteúdo da carta, Uberto garante a Ezio que aquilo mudava tudo e que seu pai e seus irmãos seriam liberados depois que tudo fosse esclarecido.
Após isso Ezio se esconde e aguarda o outro dia, quando seria anunciada a inocência de sua família.
A Traição
Ao retornar ao Palazzo dela Signoria no dia seguinte, Ezio encontra Uberto presidindo a sessão de execução de sua família. Giovani, pai de Ezio, grita afirmando sua inocência e informa que seu filho havia entregado documentos que comprovavam tal fato, porém o Gonfaloniere diz que Giovani mente e que nunca recebeu tais documentos. Nesse momento Ezio grita do meio da multidão, alegando que Uberto mente, mesmo assim seu pai e seus irmãos são executados e ele assiste a tudo impotente, do meio da multidão. Ao mesmo tempo que acontece a execução, os guarda começam a perseguir a Ezio e, na sua fuga, ele encontra abrigo em um bordel que era administrado por uma fiel criada da família Auditore, a cortezã Paola.
Paola concorda em ajudar Ezio a sobreviver, e o ensina o básico do conhecimento dos fora-da-lei e, com isso, ele passa a planejar sua vingança. Ezio também visita Leonardo, para que ele possa consertar o bracelete com a lâmina oculta que foi encontrado no baú de seu pai. Após o conserto do item um dos guardas da cidade bate no ateliê de Leonardo em busca de Ezio que, furtivamente, se aproxima por trás do guarda que ameaçava espancar o artesão e comete seu primeiro assassinato.
Mais tarde o jovem assassino parte em busca de Uberto, para ter sua vingança, e o encontra na Basilica di Santa Croce. Em uma exposição desnecessária, e tomado pela irá, Ezio mata Uberto naquele local e encontra os documentos que foram omitidos pelo Gonfaloniere, que comprovariam a inocência de sua família.
Fuga
Sendo agora um dos homens mais procurados da Itália, Ezio tem que fugir com sua mãe e irmã, e partem em direção a Espanha, porém, no caminho são abordados por Vieri de Pazzi um antigo desafeto de Ezio.
Apesar disso, a sorte parece sorrir para os fugitivos e seu tio, Mario Auditore, junto com um grupo de mercenários, os salvam e levam os três a Monteriggioni, onde Mario revela que Ezio vem de uma linhagem do Clã dos Assassinos. Ezio porém renega essa linhagem, o que enfurece seu tio que parte para a cidade de San Grimignano em busca de Vieri de Pazzi, que se revelara um templario, e Ezio fica em um dilema: renegar sua linhagem de assassino ou ajudar seu tio a acabar com os templários?
Ezio decide-se por ir atrás de seu tio, para ajudá-lo, e o encontra em meio a uma luta entre assassinos e templários. Ali, Ezio localiza Vieri e o mata, sem conseguir nenhuma informação sobre os planos dos templários, o que o deixa enfurecido e o leva a insultar o cadáver do inimigo caído a sua frente. Seu tio chega logo em seguida e lhe ensina a primeira lição do Clã: assassinos demonstram respeito ao corpo de suas vítimas.
Assumindo o manto
Depois disso, Ezio inicia o treinamento com seu tio, para que pudesse impedir a conspiração que acabou por tirar a vida de sua família e que tinha como alvos principais Lorenzo de Medici, Governante de Florença, e seu irmão Giuliano. Ezio então retorna a Florença, porém chega tarde para salvar Giuliano, mas obtém sucesso em salvar Lorenzo e, após deixar o governante a par da conspiração, consegue limpar o nome de sua família e começa, então, a buscar todos os que tiveram alguma relação com a morte destes. Assim, Ezio acaba por bater de frente com o homem que estava por trás de todo o mal que ocorreu em sua vida. Seu nome: Rodrigo Borgia.
Ezio torna a visitar seu amigo, Leonardo da Vinci, que estava de mudança para Venezza. Ele o acompanha e, ao chegarem ao destino, Ezio vai em busca do palácio de Emilio Barbarigo. Entretanto, ele não encontra nenhuma forma de entrar no local, então sai dali e acaba por conhecer e ajudar uma ladra chamada Rosa, que havia sido machucada por uma flecha dos guardas da cidade. Rosa, então, apresenta Ezio ao líder do seu grupo de ladrões, Antônio, que ensina novas técnicas ao assassino, possibilitando, assim, o acesso dele ao palácio. Desta forma, Ezio cumpre seu objetivo e assassina Emilio.
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A Vingança
Cada vez mais perto de atingir sua vingança, Ezio executa vários templários afim e chegar a Rodrigo Borgia, e o localiza após se infiltrar em um navio templário. Ele também observa um soldado que carregava a Maçã do Éden.
Ezio, então, mata o soldado e toma seu lugar para entrar no covil dos templários. Em seguida, em uma breve batalha contra Rodrigo, que se declara como “o profeta que havia sido revelado pelo Codex da antiga civilização”, Ezio se mostra muito superior em combate e o força a fugir e chamar os guardas da cidade para enfrentar o assassino. Porém, nessa hora, a ordem dos assassinos aparece, liderados por seu tio, Mario, o líder dos ladrões, Antônio, a cortezã Paola e Nicolau Maquiavel, que revela que, na verdade, Ezio é o profeta que o Codex revelara.
Depois disso, Ezio é verdadeiramente batizado na ordem dos assassinos e reconhecido por todos os membros.
Ezio parte, então, para Roma, onde Rodrigo Borgia estava depois de perder a Maçã do Éden para o assassino na luta anterior. Ele descobre que o templário havia se tornado o Papa, cargo máximo da Igreja Católica, e, assim, teria acesso a outras Peças do Éden. Ezio, então, enfrenta muitos perigos até chegar a Capella Sistina, onde ataca Rodrigo, porém este surpreende o assassino estando em posse de duas Peças do Éden e o joga para longe, além de drenar a energia de todos os outros que estavam no recinto, exceto de Ezio que estava em posse da Maçã do Éden, o que o deixava imune aos efeitos do Cetro do Éden.
Mesmo Ezio superando fisicamente as habilidades de Rodrigo, o templário vence a luta, esfaqueia a barriga do assassino e o abandona, abrindo uma passagem para uma estrutura que ficava por baixo do altar onde os dois lutavam. A passagem pertencia a Antiga Civilização porém, dentro do câmara, Rodrigo não consegue ter acesso ao que ficava por trás da porta, o que o deixa extremamente frustrado. Ezio, então, entra na câmara para a luta final onde, mesmo ferido, ele derrota o templário num duelo de mãos limpas.
Ao perceber sua derrota, Rodrigo grita que isso não pode acontecer pois ele é o “profeta”. Ezio, então, diz que ele nunca foi e nunca será o profeta e o templário pede que o assassino cumpra seu desejo de vingança, porém Ezio diz que isso não traria sua família de volta e abandona Rodrigo no chão da câmara, perante a porta que ele não conseguiu abrir por não ser realmente o profeta.
Epílogo
O assassino se volta para o cetro de Rodrigo, que agora estava junto a Maçã do Éden, e este começa a ressoar e, ao ser tocado por Ezio, abre a porta da câmara. Ezio adentra a câmara e é recebido pela projeção de uma figura feminina da antiga civilização. Ela se apresenta como Minerva e diz que vivia há muito tempo com Juno. Ezio, então, pergunta se eles são deuses, ao que ela reponde que não, e diz que são apenas uma civilização que viveu há muito tempo e que eram muito avançados tecnologicamente.
Durante toda a conversa, Minerva parece estar conversando com outra pessoa que não é Ezio e, então, descobrimos que ela esta falando, na verdade, com Desmond. Ela, então, explica como sua civilização chegou ao fim, através de uma grande erupção solar, e como isso está prestes a acontecer novamente, na época de Desmond, e que eles devem localizar os outros templos e as demais Peça do Éden para que, assim, possam achar um meio de proteger o planeta de um novo apocalipse.
Voltamos ao presente de Desmond e este está sendo desconectado do Animus, pois os templários estão vindo em sua busca. Lucy entrega a ele um bracelete, contendo uma lâmina escondida, para que ele possa se defender, e jogo termina com Desmond e Lucy tendo que enfrentar vários soldados da Abstergo para que, assim, possam fugir.
A Crítica
Assassin’s Creed II foi aclamado pela critica e pelos jogadores e recebeu uma nota maior que seu anterior, ficando com 90/100 no Metacritic, onde recebeu muitos elogios pelo seu enredo, missões paralelas e pelos gráficos que, para a época, por ainda estarem no inicio de uma geração, estavam muito bonitos e polidos. A jogabilidade também foi aprimorada no jogo, bem como a gama de armamentos que o protagonista tinha acesso. E, falando de protagonistas, Ezio é, até hoje, considerado o melhor protagonista de toda a franquia, e isso teve um reflexo muito grande nas decisões da empresa em relação aos jogos futuros, como veremos nas próximas partes da nossa série Animus.
A série Assassin’s Creed ganhará, em novembro, o seu 12º game da franquia: ‘Assassin’s Creed: Valhalla’. Acompanhe a franquia Assassin’s Creed em games ou livros. Adquira os seus AQUI.
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Fã de vídeo games desde 1990, quando minha mãe trouxe para casa um clone do Atari feito pela CCE. De lá pra cá passei por todas as plataformas, tendo como vídeo game preferido o Sega Dreamcast.