A CONVITE DA ESPAÇO Z, NÓS DO MULTIVERSOS FOMOS CONFERIR A CABINE DE UM DOS FILMES MAIS CONTROVERSOS DA TEMPORADA E AQUI ESTÃO OS NOSSOS PONTOS SOBRE O FILME.
Transformers: O Último Cavaleiro. A mais nova incursão do diretor Michael Bay no mundo onde robôs gigantes travam a sua guerra em solo terrestre e com isso afetam as vidas da humanidade, anteriormente Sam Witwicky (Shia LeBouff) e hoje Cade Yeager (Mark Wahlberg).
Esse filme marca os 10 anos de Michael Bay à frente da franquia. Amada por uns e odiada por muitos, os filmes são massacrados pela crítica especializada e amados pela galera, gerando cifra$ e mais cifra$ de dinheiro nos cofres da Paramount com bilheterias e para a Hasbro com todo o tipo de quinquilharias possíveis de estampar um Optimus Prime nela.
Então, como diz o velho ditado: Se você está no inferno, abrace o capeta. Então eu já meio que me preparei e sabia o que esperar.
Depois de 04 filmes, será que Michael Bay aprendeu um truque ou dois que façam os seus filmes soem minimamente dentro dos limites de uma obra de cinema?
Bay viu os limites… e EXPLODIU OS LIMITES!
Então… todos os problemas que já vem sendo ditos sobre os filmes dos Transformers feitos pelo Bay na última década estão aqui… e superlativados ao extremo.
O plot básico segue o filme anterior, com uma terra sem Optimus Prime, que decidiu voltar pra Cybertron. Agora qualquer robô alienígena é considerado hostil e perigoso. Cade age secretamente ajudando autobots que estejam em condição de perigo e descobre existir uma ligação entre os Transformers e o Rei Arthur. Tudo isso leva ao ponto extremo de que Optimus Prime voltou pra Terra… como vilão.
Esse angu rocambolesco de roteiro é culpa de Akiva Goldsman e mais outros três escritores (Art Marcum, Matt Holloway, Ken Nolan). Uma ideia simplória e linear foi transformada num festival de subplots conduzidos por personagens ruins e que só servem de estereótipos negativos.
O assistente do Cade (Jerrid Carmichael) é o alívio cômico irritante. A Michelle Rodriguez versão kids (Isabela Moner) até começa bem mas é retirada da trama e passa a ser subutilizada. Palmas pro diretor de casting por ter achado uma Megan Fox Inglesa (Laura Haddock) para ser a eloquente professora de história cética que mal serve à trama de forma pífia e deprimente. Mark Wahlberg escapa pelo carisma mesmo fazendo um Cade reduzido à um brucutu com lampejos de humanidade quando conversa com a filha e Anthony Hopkins se divertindo com a galhofa inerente do projeto. O resto do elenco não serve para nada e garantiu o contra-cheque apenas.
Em alguns momentos a fotografia até que acerta, mas são mínimos numa infestação de hipercloses, enquadramentos bisonhos, câmeras que tremem num ataque epilético giratório em uma edição que fazem os takes durarem no máximo uns 5 ou 10 segundos, se houver um dialogo entre dois personagens. O design de produção até que faz bonito mas, como tudo é acelerado aqui, todo o trabalho de arte fica escondido na correria.
A ação continua aquela coisa caótica e incompreensível típica do Bay. Robôs se digladiando de forma incompreensível, perseguições de carros ou naves que são uma bagunça visual e até mesmo uma partida de polo que ganha ares de combate mortal. As explosões, marca registrada do Bay, quebram qualquer limite do plausível quando o filme já abre com explosões na Idade Média e ele segue explodindo a tudo e a todos sem dó nem piedade.
O som do longa se resume a porradas metálicas de ferro retorcido e fanfarras militares. Outro problema: os robôs gigantes só causam impacto quando convém e isso incomoda… ah! EXPLOSÕES fazem toda a sinfonia aqui!
Transformers: O Último Cavaleiro é tudo o que um filme não deve ser. Todos os fundamentos que fazem um filme ser minimamente bem avaliado não estão aqui e que a Egotrip do Michael Bay está mais insana do que nunca, regada a muita nitroglicerina e metal. O grande público vai adorar e gerar rios de grana e a roda dessa grande máquina vai continuar a girar. Michael Bay se despede da franquia da forma mais megalomaníaca possível e disse que não volta mais… ou talvez não.
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Direção
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Elenco
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Fotografia
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Roteiro