Agora é a hora da Luz Verde da Força de Vontade brilhar. Os Lanternas Verdes chegaram no Renascimento.
Com mais páginas que as demais revistas, 92 páginas no total, a revista da Panini Comics traz duas das revistas americanas: Green Lanterns e Hal Jordan & Green Lantern Corps.
Arte de Ed Benes e Jason Wright
Em Green Lantern Rebirth, é mostrada a situação atual de Simon Baz, o Lanterna Verde que surgiu durante os Novos 52. Criado por Geoff Johns e Doug Mahnke, Baz está tendo que lidar com o preconceito, por ser um muçulmano residente nos Estados Unidos. Do outro lado, temos Jéssica Cruz, também surgida nos Novos 52, no fim de Vilania Eterna, e em seguida no gibi da Liga da Justiça. Também criada por Geoff Johns e Doug Mahnke, Jéssica foi dominada pelo anel senciente e louco do Anel Energético, o Lanterna vilão da Terra 3. Jéssica foi treinada por Hal Jordan e, ao fim da Guerra de Darkseid, Jéssica é dada como morta, mas renasce devido um anel energético dos Lanternas Verdes a selecionar. Jéssica possui medo de multidões, e isso a manteve isolada por meses, e acaba refletindo na sua forma de ser uma Lanterna porque Jéssica não consegue criar construtos, enquanto Simon é completamente agressivo e impaciente.
Ambos são testados por Hal e que acabam sendo designados por ele para serem os Lanternas Verdes da Terra, e também fazerem parte da Liga e, assim, serem tutelados pelos heróis veteranos.
Arte de Robson Rocha, Jay Leisten e BLOND
Em Green Lanterns 01 e 02, Simon e Jéssica precisam lidar com o surgimento da um alien morto e com dezenas de cadáveres. No melhor estilo de histórias de tiras, com a boa dinâmica entre “tira bomzinho” (Jéssica) e o “tira malucão” (Simon), bem ao estilo Máquina Mortífera. No meio disso tudo, ambos têm suas vidas pessoais, como o irmão e cunhada do Simon e o agente federal que cuida de sua custódia, e a busca da Jéssica para ter mais momentos com a sua irmã e superar as suas fobias.
Os Lanternas, então, descobrem que o que acarretou na presença do alien e dos cadáveres é causado pela Tropa Vermelha que jogou na Terra uma torre do ódio, que faz com que todos ao redor irradiem a energia vermelha da ira. Então, ambos precisam parar isso antes que a ira domine toda a Terra. Além disso, um Guardião perdido é mostrado fugindo do Dominions (Dominadores? Não. Não e não! Na minha cronologia pessoal é Dominions e sempre será) carregando um novo poder que mudará tudo.
Geoff Johns e Sam Humphries escrevem a edição Rebirth, com Johns dando os caminhos para Humphries, que assume o título mensal. Humphies segue, como falei, faz bem a dinâmica de histórias de policiais, o tira bom e o tira maluco, e também trabalha bem os medos e inseguranças dos Lanternas, com o medo da Jéssica e a piração do Simon, faz bem o feijão com arroz usando os Lanternas Vermelhos como antagonistas e trazendo futuros plots com o Guardião desgarrado.
Arte de Ethan Van Sciver e BLOND
Em Hal Jordan & Green Lantern Corps Rebirth, é mostrado o status atual de Hal e da Tropa. Hal está só no limiar do universo. A Tropa dos Lanternas Verdes está desaparecida (ver Tropa dos lanternas Verdes: No Limite da Existência) e ocupando o vácuo de poder, está a Tropa Sinestro, com a liderança de um Sinestro envelhecido e que, mais uma vez, chega à Parallax, a entidade do medo que energiza o Mundo Bélico, uma máquina de guerra de escala planetária. Já Hal, quase fundido à Força de Vontade, sendo mais um construto de luz do que um humano, explica num rápido flashback o que aconteceu recentemente com ele e toma uma atitude desesperada: torna-se o ourives de um Anel Energético e, com isso, recobra a sua forma humana para, então, partir para enfrentar Sinestro e reencontrar sua Tropa.
Arte de Ethan Van Sciver e Jason Wright
Robert Venditti continua no título, vindo de uma fase legal, com o crossover com os Novos Deuses e outra claramente empurrada pelo editorial, com o Hal Jordan renegado. O clima aqui é de retorno ao heroísmo, aventura e ação alucinante. Essa fase promete muito mesmo!
Arte de Robson Rocha (lápis)
A arte das histórias é bastante consistente. Ethan Van Sciver já é de casa nos Lanternas. Sempre competente e carregado de personalidade. Ed Benes está apenas OK. Já o grande brilho da edição vai para Robson Rocha, que chegou à Green Lanterns com um trabalho consistente, pessoal, dinâmico e sem igual. Robson faz o que eu chamo de “desenhar mesmo”, fugindo da arte enlatada e de carimbo que alguns artistas desenvolvem. É uma pena ver todo esse trabalho ser prejudicado em alguns momentos pela arte-final do Jay Leisten. Jason Wright e o pessoal da Blond acertam na ultra-saturação iluminada das cores.
A edição da Panini segue o padrão gráfico atual, com prefácio e capas alternativas inclusas.
Arte de Ethan Van Sciver e Jason Wright
Lanternas Verdes tem tudo que os fãs estão pedindo, com o retorno do Hal Jordan como Lanterna e também é uma porta para novatos, com Jéssica e Simon, e assim mostrando um dos melhores títulos da DC/Panini.
FICHA TÉCNICA
Revista tradicional
17 x 26 cm
92 páginas
Papel LWC
Capa Couché
Lombada Canoa (Grampeada)
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Nascido em Fortaleza, trabalha profissionalmente com quadrinhos e ilustração desde 2005, quando começou a vender seus trabalhos pela Internet em sites de vendas como o E-Bay. Trabalhou para editoras norte-americanas, ministrou aulas de desenho e quadrinhos, e vem participando de diversos eventos nos Artists’ Alleys e em painéis sobre cultura pop, quadrinhos e artigos/notícias para o site do Dínamo Studios, do artista Daniel HDR.