Anime | Mangá

Por que ler/assistir Mangá/Anime?

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Os termos Mangá (popular quadrinização) e Anime serão utilizados em conjunto, pois o primeiro e o segundo geralmente seguem a ordem por roteiro e depois vira animação. Se você já foi um fã e deixou de lado, ou se é um completo leigo, vou então tentar ajuda-los a se interessar!

Vamos trabalhar a seguinte ideia, uma boa história sendo bem contada pode se tornar ruim de acordo com o seu formato? Cinema, teatro, TV, livro? Considere apenas isso, a linguagem como é contada pode tornar mais simples ou atrativa, mas uma história realmente boa e bem contada nunca perde seu brilho. Essas histórias focam em públicos específicos, por isso as vezes atraem um pré-conceito quando não encaixam em um certo gosto, elas se dividem principalmente em “Shonen”- estilo focado no público infantil e adolescente masculino; “Shoujo”- foca no público feminino; E “Seinen” – histórias mais focadas no público adulto.

O mundo dos animes e mangás é imenso, tendo início real em 1946, com Osamu Tezuka e seu título “Shin Takarajima” (a verdadeira ilha do tesouro), depois ele veio a produzir “Kimba”, dita esta a história que antecedeu o rei leão, a característica marcante eram as linhas suaves, menos ligadas a estética do corpo, e principalmente os olhos grandes nos desenhos. Desde então, o estilo de desenho e modo de contar essas histórias se tornou parte inclusive da cultura e fator importante na economia japonesa.

A animação japonesa chegou ao Brasil bem antes da publicação oficial de mangás; houveram três fases mais distintas, uma introdução nos anos 80 com animes de baixo custo vindo de emissoras latinas e norte americanas, alguns tiveram o prazer de conhecer obras como Zillion, Piratas do Espaço, Nick e Neck, Macross/Robotech, entre outras muitas que passaram na tv aberta em meio a vários desenhos animados; A segunda fase foi encabeçada por Cavaleiros do Zodíaco, um Shonen (estilo para garotos) com lutas, daí então outros famosos e queridos como Fly, YuYu Hakusho e o sucesso mais conhecido que a Coca-Cola, Dragon Ball, pegaram o barco até uma terceira fase; a dos fansubers, grupos de fãs encarregados de legendar animes do japonês para outras línguas sem a espera das TVs abertas, estes trabalhavam apenas com o intuito de divulgar essas historias tão maravilhosas e sem real ganho financeiro.

No começo de 2002, os mangás (história contada em quadrinhos) ganharam repercussão no Brasil e começaram a ser traduzidos e editados aqui em nosso país, e de imediato abocanharam boa parte dessa indústria. Um ponto válido seria a comparação desses formatos: nas HQs US de heróis, temos histórias livres e sem uma perspectiva de fim, geralmente os protagonistas são imortalizados geração após geração; nos mangás ocorre de as obras serem mais fixas a início, meio e fim, o mesmo vale nos desenhos animados em verso aos animes.

Dos anos 90 ao meado da última década, os fãs do estilo mangá/anime, chegaram ao auge, hoje em dia com a facilidade das TVs a cabos e também com a grande quantidade/facilidade de conseguir animes, os fãs estão migrando para o estilo de história das séries norte-americanas. Ficou difícil fazer uma triagem dos animes realmente bons, além da promessa de séries de alta qualidade nos canais de TV fechada.

Esta é uma pequena parte da imensidão desse mundo de histórias q estou tentando contar nesse resumão, então se você ainda acha que é algo simples e não há nenhuma joia real que mereça sua atenção, vou contar uma história pessoal.

Existe uma experiência minha sobre esse mundo que adoro contar. Em fevereiro de 2001 resolvi ajudar a organizar um evento de exibição de animes em Fortaleza, seriam exibidos títulos de foco no Shonen (garotos), com alguma coisa de Shoujo (garotas). Na reunião em que seria decidido a grade fixa dos animes, um dos organizadores sugeriu passar antes do intervalo para almoço, um anime longa metragem chamado “Hotaru no Haka”(O Túmulo dos Vagalumes), uma história que conta o trecho da vida de duas crianças, irmãos, durante a segunda guerra mundial. De pronto eu fui contra a exibição, pelo estilo de público e também pela forte carga emocional da história; acabou que foi exibido, no início da exibição eu escutei vaias e gritos de “não estou pagando ingresso (2 reais) para ver uma @#%$# de história de vagalumes”, ao final da exibição eu fiquei perplexo ao ver as luzes acendendo para o intervalo do almoço, das 280 pessoas que estavam assistindo, 250 ou mais estavam aos prantos, chorando copiosamente, ai me toquei do quão é especial quando uma história é capaz de tocar o sentimento das pessoas, e como o seu formato realmente não importa para olhos desarmados de pré-conceito.

Se ainda persistir o seu recesso depois da paciência e boa vontade com essa leitura, aconselho a viver e depois julgar, começando com títulos de alta aceitação como o próprio Hotaru no Haka, GTO, Death Note, Monster e Slam Dunk. Espero ainda voltar a escrever para pessoas já bem afeiçoadas a essas histórias, e que esse texto contribua para o aumento do número de fãs desse estilo.

Obrigado e até uma próxima. ^^

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