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John Byrne – Desenhista e Roteirista

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Existem profissionais do mercado que ditam regra, e conseguem sair da curva; E mesmo você achando hoje o traço “datado”, saiba que ele foi responsável por uma revolução editorial nos quadrinhos. Aproveitando o mês de seu aniversario, em nosso Por trás da obra de hoje, conheceremos um pouco mais de John Byrne.

John Lindley Byrne nasceu em 06 de julho de 1950 no Canadá. Começou trabalhando em histórias próprias de ficção científica, publicando seu material em fanzines.

Seu primeiro trabalho em uma editora foi na Chalton Comics como freelance, fazendo histórias backup.

Fez sua estreia na Marvel Comics em Dark Asylum, uma história do Drácula, escrita por David Kraft e publicada em Giant Sized Drácula 5. Trabalhou muito na editora, com personagens como Punho de Ferro e Campeões. Mostrou um grande fluxo e qualidade em seus desenhos trabalhando em diversos títulos da editora.

Mas o verdadeiro sucesso veio alguns anos depois,PHO em 1978 ao lado do roteirista Chris Claremont. Eles revitalizaram a equipe mutante da Marvel, criando umas das melhores fases dos X-Men vista até hoje. Com grandes arcos e histórias até hoje lembradas pelos fãs de quadrinhos, a dupla não só elevou os mutantes para o patamar de estrelas da casa das ideias, como também transformou o personagem Wolverine em um dos principais da Marvel, afinal, por ser canadense, Byrne fez questão de desenvolver a personalidade do Carcaju.

Apesar de aclamada até hoje, foi uma fase complicada para o Byrne, pois o mesmo começou a desenvolver seus próprios roteiros e isso incomodou muito Chris Claremont, e ainda teve algumas divergências com o editor da Marvel na época, Jim Shooter.

A década de 80 foi bem produtiva trabalhando em diversos títulos da Marvel, como Capitão América, Quarteto Fantástico, Mulher Hulk e lançou uma equipe de heróis Canadenses, a Tropa Alfa.

Junto com Claremont, foi responsável pela criação de um dos primeiros super-heróis homossexuais da história das HQs, Estrela Polar.

Entre os anos de 1986 a 1988, Byrne mudou de casa e foi trabalhar na reformulação do principal personagem da DC Comics, Superman. Com sua reformulação do Homem de Aço muitos conceitos empregados por John são utilizados até os dias de hoje, e mesmo sendo uma passagem rápida, deixou muito para o cânone de Kal-El. Mas sua passagem pela DC não foi fácil, Byrne teve vários conflitos com outros profissionais como Marv Wolfman e com a própria editora, segundo o John, o projeto não correspondeu ao que ele pretendia fazer originalmente.

Na década de 90, criou os Next Men, publicados pela editora Dark Horse. Muitos dos conceitos e similaridades empregados em X-Men acabaram por influenciar a criação do grupo.

Mas a crise dos quadrinhos na década de 90, acabou por prejudicar as publicações, parando na edição 30 e voltando apenas em 2010, pela editora IDW com mais 14 números.

Voltou a trabalhar tanto na DC quanto na Marvel, onde tentou revitalizar o universo do amigo da vizinhança, o Homem Aranha, criando um novo universo Marvel, que não deu muito certo e foi alvo de criticas.

Conhecido por várias polêmicas e por seu temperamento forte, John Byrne é uma lenda viva dos quadrinhos, e ainda em atividade. Tem uma cadeira cativa entre os grandes profissionais da 9° arte, e muito da indústria de quadrinhos que temos hoje, devemos a esse grande artista que produziu e ainda produz como poucos.

 

 

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