Harry Potter | A Fama Infame de Durmstrang

Nenhuma reputação é tão infame entre as grandes escolas quanto a do Instituto Durmstrang.

O Torneiro Tribruxo que acontece em Harry Potter e o Cálice de Fogo nos apresenta outras escolas de magia além de Hogwarts. Uma delas é a Academia de Magia Beauxbatons, a elegante escola francesa. Mas na Escandinávia (segundo a própria J. K. Rowling), merece destaque o Instituto Durmstrang, escola de grande renome, mas com a fama de se ensinar áreas um tanto quanto delicadas em seu currículo, como as Artes das Trevas.

Acredita-se que Durmstrang se localize muito no norte da Europa, algo entre a Noruega e a Suécia, embora seja extremamente difícil determinar exatamente onde fica, sendo talvez a mais secreta de todas as escolas de magia. Sua estrutura principal é um castelo, embora não tão grande quanto Hogwarts. Viktor Krum, em O Cálice de Fogo, descreve quatro andares, com lareiras que só se acendem para usos mágicos. Entretanto, seus terrenos são maiores, cercados por lagos e montanhas e, se prestamos atenção nas aulas de geografia, podemos vir a concluir que recebem bem pouca luz solar durante o inverno, que deve ser muito rigososo.

A delegação de Durmstrang no cinema. Imagem de “Harry Potter e o Cálice de Fogo”, 2005, (c) Warner Brothers / Everett Collection.

A adaptação do livro para o cinema gerou o questionamento de que seria uma escola totalmente masculina (assim como Beauxbatons seria totalmente feminina), mas, mais uma vez, isso não é verdade. Segundo o Pottermore, Durmstrang foi fundada por uma grande bruxa medieval, a búlgara Nerida Vulchanova, também a primeira diretora da escola. É improvável que uma bruxa tenha decidido banir as mulheres de Durmstrang, não? Além disso, em O Cálice de Fogo, há menção a uma aluna na delegação do Torneio Tribruxo.

Os uniformes são da cor vermelho-sangue, com chapéus e capas de pele, provavelmente pelo frio intenso do norte da Europa. Em As Relíquias da Morte vemos um uniforme diferente, usado por seu aluno mais infame: Gerardo Grindelwald. Ali, ele usa uma espécie de suéter de gola alta e um casaco com botões. Aparentemente os uniformes mudaram com o tempo.

O brasão do Instituto Durmstrang.

Durmstrang não aceita nascidos-trouxas. O motivo não é totalmente claro, mas alguns de seus ex-alunos claramente acreditam que são superiores. Além de Grindelwald, o diretor em 1994 (época do quarto livro da saga) é Igor Karkaroff, ex-Comensal da Morte, e como tal é muito provável que nutra o desprezo por aqueles de famílias que não são inteiramente mágicas. Draco Malfoy por pouco não estudou em Dursmtrang, mas sua mãe não ficou confortável com a ideia de tê-lo tão longe, e sabemos muito bem a opinião de sua família em relação a nascidos-trouxas.

O fato da delegação ter escolhido se juntar à mesa da Sonserina durante os banquetes não é um fator exatamente favorável a sua aceitação dos nascidos-trouxas. Mas obviamente, nem todos os alunos são assim. Viktor Krum, por exemplo, convidou Hermione Granger para o Baile de Inverno, uma conhecida nascida-trouxa. E quase a convida para dançar durante o casamento de Fleur e Gui Weasley, se não fosse a notória (falta de) delicadeza de Rony.

“O Baile de Inverno é uma tradição do Torneio Tribruxo.” (MCGONAGALL, Minerva)

Pouco se conhece sobre o ensino em Dursmtrang além de ter Artes das Trevas em seu currículo. Entretanto, é possível supor que seja um ensino rigoroso nas mais variadas artes da magia, como demonstrado por seu navio capaz de viajar debaixo d’água e o show pirotécnico da delegação em Harry Potter e o Cálice de Fogo no cinema. Viktor Krum, além de excelente jogador de quadribol, é capaz de executar feitiços não-verbais (como visto nos filmes e livros) e foi capaz de cegar um dragão durante a primeira tarefa com um Feitiço Conjunctivictis! Sua transformação incompleta durante a segunda tarefa também sugere que a escola possui um bom departamento de Transfiguração. E um navio que é capaz de viajar debaixo d’água não é exatamente um feitiço para alunos de primeiro ano.

O navio de Durmstrang chega a Hogwarts para o Torneiro Tribruxo.

DURMSTRANG NA MESA DE JOGO

Pensei muito em como trazer Durmstrang para a mesa de jogo. Se com Castelobruxo eu trouxe uma criatura mágica (os caiporas) e com Beauxbatons um artefato (a Fonte dos Alquimistas), decidi trazer o navio da escola para sua mesa de jogo. Mas não se engane: o custo não é dos mais baratos.

Navio Bruxo: embarcação Colossal; tripulação mínima 15, total 150; desl. 13,5 m, natação 9 m; CA 10 (– 8 tamanho, +5 natural, +3 magia); PV 560; armamento: 4 canhões (1d12+4 cada); 10 botes salva-vidas; hab. intimidante, submersão, teletransporte; custo 70.000 peças de ouro.

Intimidante: um Navio Bruxo é intimidante. Ele concede +4 em testes de Intimidação de seus tripulantes. Além disso, por sua aparência um tanto fantasmagórica, causa uma penalidade de –2 em testes de Vontade para resistir a efeitos de medo.

Submersão: um Navio Bruxo pode submergir. O capitão faz um teste de Ofício (marinheiro) contra CD 20 e um teste de Indentificar Magia contra CD 25. O Navio pode permanecer submerso um número de horas igual a metade do nível do capitão.

Teletransporte: uma vez por mês, o Navio Bruxo pode se teletransportar entre grandes corpos d’água como na magia Teletransporte. O capitão faz todos os testes necessários como se fosse um mago de mesmo nível.